“Sem o PS não teriam sido dados os passos estruturantes para a Autonomia Regional e Local”, garante Carlos César

PS Açores - 19 de janeiro, 2020
“É bom refrescarmos a memória: nós queremos que os Açores tenham consciência de que todos os Açorianos, independentemente da sua cor política, em todos os momentos da sua história, estiveram empenhados nuns Açores melhores - e essa condição não pode se negada, nem o Partido Socialista pode ser excluído desse esforço que empreendeu”, afirmou o Presidente Carlos César. “O Partido Socialista é o partido cofundador da Autonomia e de uma nova fase democrática de renovação e de regulamentação nacional da autonomia política e administrativa dos Açores. A história dos Açores, depois do 25 de abril, não começou com a formação na Região do PSD, nem terminou com o seu afastamento do Governo em 1996”, acrescentou o Presidente Honorário do PS/Açores, no discurso proferido na noite de sábado, no jantar de homenagem a antigos autarcas, em São Miguel. Carlos César deixou provas do contributo indelével dos socialistas dos Açores: “Sem o PS não teriam sido dados os passos estruturantes, para que a Autonomia Regional e a Autonomia Local de que dispomos tenha a força que tem. Sem o PS não teria constitucionalizada a Autonomia Regional, porque sem o PS não se teria a aprovação da Constituição de 1976. Não teria sido aprovado o estatuto provisório da autonomia (…) Não teria sido aprovado o estatuto definitivo da Autonomia (…) e não teriam sido aprovadas nenhumas das revisões que foram feitas, porque em todos estes momentos o voto do PS foi e era decisivo”. Também a Lei de Finanças Regionais, “obra e autoria dos socialistas”, e o reforço dos órgãos do poder local não teriam sido possíveis sem o Partido Socialista: “Há quem fale muito sobre o contributo que deu, ou que o PS deu depois do 25 de abril, mas, se bem lembro, não estavam nada preocupados antes do 25 de abril pela insuficiência e pela menoridade a que os Açores estavam votados e pela inexistência de um poder local e com competências”. Carlos César condenou as tentativas de apagar o papel do Partido Socialista e das pessoas “que se têm empenhado do ponto de vista cívico” e que tiveram “um lugar bem mais relevante do que aquele que lhes é atribuído”. A título de exemplo, referiu a “forma como se conta a história” da reconstrução dos sismos de 1980 na Terceira e de 1988 no Faial, nomeadamente quando se diz que a reconstrução do sismo da Terceira ficou concluída em três anos: “Ora, bem gostava de saber porque é que 16 anos depois, o Governo socialista teve de fazer mais de meio milhar de realojamentos de pessoas afetadas pela crise sísmica de 1980”. “Era bom que ficasse bem assente que os socialistas não foram, nem são, nos Açores simples gestores de circunstância. Foram e são co-obreiros das transformações estruturantes”, acrescentou o antigo presidente do Governo dos Açores. Carlos César sublinha a “honra” do que representa hoje o Partido Socialista nos Açores: “Uma força capaz de atrair socialistas, e não socialistas, para o trabalho em benefício do interesse regional, para o trabalho em benefício do interesse público, para o trabalho em benefício da qualidade de vida dos Açorianos e da afirmação da nossa Autonomia Regional e da Autonomia do Poder Local”. Sobre as próximas eleições regionais, Carlos César corrigiu as contas apresentadas por Mota Amaral: “Hoje ouvi o meu colega da “Associação dos antigos Presidentes do Governo dos Açores” que dizia, que esteve muito tempo no Governo, 20 anos, mas o PS está há mais, há 24 anos. Vou dizer-lhe como é que ele deve fazer a conta: Ele esteve 20 anos no Governo. Eu estive 16 anos no Governo e o Vasco Cordeiro só está há 8, portanto, ainda tem muitos mais anos para fazer”.